A lenda diz que uma gralha foi acordada por golpes de machado no pinheiro em que estava. Ela voou bem alto, acima das nuvens, onde recebeu de Deus um pinhão para reflorestar o Paraná. Foi o que fez. Ao voltar, a gralha percebeu que seu corpo estava azul (apenas a cabeça continuava preta ), é mais um símbolo do estado do paraná.
A gralha azul é uma ave da família dos corvídeos, tem aproximadamente 40cm de comprimento, de coloração geral azul vivo e preta na cabeça, na parte frontal do pescoço e na superior do peito. Machos e fêmeas tem a mesma plumagem e aparência embora as fêmeas em geral sejam menores. é encontrada também no sul do Estado do Rio de Janeiro para o sul até o Estado do Rio Grande do Sul, sendo frequente na Mata atlântica da Serra do Mar.
São aves muito inteligentes. Sua comunicação é bem complexa, consta e de pelo menos 14 termos vocais ( gritos ) bem distintos e significantes. No período reprodutivo que se inicia em outubro e vai até março, todas as aves colaboram na construção de ninhos nas partes mais altas das mais altas árvores, preferencialmente na araucária. No ninho feito de gravetos, de cerca de 50cm, em forma de taça, são postos 4 ovos em média.
É o principal animal disseminador da araucária uma vez que, durante outono, quando as araucárias frutificam, bandos de gralhas estocam os pinhões para se alimentarem posteriormente, encravando fortemente os pinhões no solo ou em troncos caídos no solo, já em processo de apodrecimento, ou mesmo nas partes aéreas de raízes nas mesmas condições, local propício para a formação de uma araucária.
No folclore Paranaense, como dito anteriormente, atribui-se a formação e manutenção das florestas de arauácria a este pássaro. Como as florestas das araucárias cairam para 4% do que era antes a espécie corre o risco de se extinguir.
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